Descrição
Ícaro Casa-Térrea — Ode a um modo de viver que o mundo raramente testemunha
No Novo Ecoville, em Curitiba, um gesto arquitectônico raro devolve profundidade ao verbo habitar. O Ícaro Casa-Térrea não se anuncia como edifício, nem se reduz a empreendimento; ele se oferece como paisagem, como tempo desacelerado, como respiro. Entre a cidade e a mata, em um terreno amplo moldado por vegetação nativa e um bosque preservado, a arquitetura não se impõe: ela se dissolve no verde, aceita a sombra das árvores, convida a luz a desenhar o cotidiano. Aqui, casas suspensas ocupam lajes inteiras como se flutuassem entre copas — varandas-jardim generosas, que chegam a ultrapassar centenas de metros quadrados, prolongam a vida para fora, e o dentro e o fora deixam de ser fronteiras. O que se percebe é algo simples e, por isso mesmo, raríssimo: silêncio, ar, luz, privacidade. Uma sequência de elementos essenciais orquestrada para que o morador sinta o corpo descansar e a mente expandir. É o wellness real estate em sua forma mais autêntica — não como discurso, mas como experiência contínua.
A arquitetura de Greg Bousquet (Triptyque) dá o tom dessa obra: volumes livres, fachadas que respiram, aberturas generosas que emolduram o bosque, proporções pensadas não só para agradar aos olhos, mas para acolher o ritmo vital de quem vive. Bousquet já havia deixado sua marca na cidade; no Ícaro Casa-Térrea, radicaliza a ideia de uma casa no céu: cada residência é um organismo autônomo, com hall e percurso próprios, onde a chegada tem o ritual discreto de quem retorna a um refúgio. O concreto, a pedra e a madeira não aparecem como fetiche de materialidade, e sim como matéria do conforto — texturas que convidam o tato, temperaturas que não agridem, cores que se deixam atravessar pelos ciclos de luz do dia. Tudo foi desenhado para favorecer ventilação cruzada, insolação precisa, vistas abertas e privacidade real, algo que se sente quando o ruído urbano fica lá fora e a vida encontra, enfim, o seu volume ideal de silêncio.
Nos interiores de Juliana Vasconcellos, a arquitetura encontra acolhimento. Não há exibicionismo: há serenidade. A paleta térrea, as superfícies naturais, o desenho minucioso de mobiliários e marcenarias constroem um vocabulário que não se impõe ao morador, mas o acompanha, levemente. A ideia de conforto aqui não depende de adjetivos — nasce do modo como os espaços se integram, do pé-direito bem calibrado, da fluidez entre salas, cozinhas, varandas e jardins. A casa passa a pertencer também à luz, que muda o relevo do dia sob o olhar de quem a habita. Ao cair da tarde, Regina Bruni assume a condução invisível da cena: a luz não “ilumina”, narra — cria atmosferas, revela texturas, insinua contornos; prepara a noite para que o descanso seja tão denso quanto a sombra do bosque. E a presença sutil de Vanda Klabin traz curadoria de arte como camada de sentido: escolhas que não decoram, dialogam; obras que não ocupam, respiram com a arquitetura e com as árvores.
O paisagismo de Ricardo e Alessandra Cardim não é enfeite, é reconstituição. Espécies nativas da Mata Atlântica retornam como protagonistas e deixam de ser acessório urbano: troncos, flores, perfumes e pássaros compõem um bioma de verdade, que se estende das varandas-jardim às alamedas, do espelho d’água ao miolo do terreno. Caminhar ali é perceber que a cidade pode conter uma pequena porção de floresta; o lago devolve a luz do céu aos olhos de quem passa, e cada vento que dobra a copa lembra que o tempo, aqui, corre em outra cadência. Esse desenho vivo não se limita ao gesto botânico — ele alinha saúde e lugar: sombreamento natural, microclima mais ameno, qualidade do ar. É o paisagismo como arquitetura de bem-estar.
As áreas de convivência pertencem à mesma gramática de cuidado. O spa oferece um percurso pensado como ritual: haloterapia que apazigua, sauna seca e úmida que relaxam profundamente, tanque de contraste que revigora, e salas de repouso voltadas ao verde que parecem suspender o relógio. A água se desdobra em piscina interna aquecida — introspectiva, silenciosa — e em piscina externa aquecida, aberta ao sol e ao murmúrio das árvores. A academia e o estúdio de pilates são envidraçados e serenos, de forma que o treino seja também contemplação; a energia do corpo encontra a paisagem, e o esforço físico vira ato de cuidado. Nada nisso soa como amenidade decorativa: são rituais diários, práticas concretas de longevidade. E quando a vida pede encontro, os ambientes sociais surgem como extensões da casa, sem impostação — cozinha que conversa com jardim, salas que se derramam sobre a varanda, mobiliários que convidam permanência. Não há espetáculo: há pertencimento.
A excelência sensorial é sustentada por critério técnico. O cuidado com conforto térmico e lumínico, com qualidade do ar e desempenho acústico, com eficiência de recursos e operações prediais foi pensado desde o projeto. Nesse processo, a consultoria Petinelli atua como inteligência de performance ambiental — estudos e simulações que informam decisões, garantindo coerência entre a promessa de bem-estar e o comportamento real dos espaços. O resultado não é um slogan; é mensurável: fluxos de ar mais saudáveis, insolação e sombreamento adequados, consumo otimizado. A tecnologia comparece em favor da vida, e não o contrário.
A exclusividade aqui não é sinônimo de restrição; é a escala certa para que tudo funcione. Poucas residências compartilham o terreno — e cada uma delas mantém uma relação pessoal com a paisagem: varandas-jardim que podem chegar a 400 m², percursos íntimos, perspectivas únicas. O conceito de casa suspensa ganha sua expressão mais alta: uma laje inteira para chamar de lar, com privacidade real. Há quem descreva o Ícaro Casa-Térrea como “residências em árvore”; talvez seja mais exato dizer que são residências com árvores — não se trata de subir à floresta, mas de trazê-la para dentro do cotidiano. É por isso que, quando se fala sobre o projeto, recorre-se a referências internacionais: não por comparação vaidosa, mas porque ele dialoga com o melhor que o mundo produz quando o tema é arquitetura, natureza e bem-estar.
Dizer que o Ícaro Casa-Térrea é único em Curitiba seria pouco; dizer que é raro no Brasil talvez ainda não alcance a medida. O que se estabeleceu no Novo Ecoville é um paradigma: uma prova de que é possível habitar a cidade com outra densidade, outro silêncio, outra qualidade de tempo. Muitos empreendimentos prometem conforto; aqui, o conforto é a própria ordem do lugar. Muitos falam em luxo; aqui, o essencial — o ar que circula, a luz que pousa, o verde que envolve, o corpo que descansa — vale mais do que qualquer adjetivo. Este é um endereço que não se compra para ter: escolhe-se para viver.
E porque nenhuma palavra alcança o que a experiência revela, o convite final precisa ser um encontro — não uma visita. A apresentação presencial do Ícaro Casa-Térrea é conduzida com a mesma delicadeza do projeto: tempo para percorrer os jardins suspensos, para sentir a brisa nas varandas, para ouvir a luz mudando a pele dos materiais, para reconhecer no próprio corpo a calma que o lugar produz. É um momento raro e marcante, preparado como um rito, daqueles que permanecem na memória e reposicionam a forma de pensar a casa. Se o mundo reserva poucos lugares onde se vive assim, este é um deles. Venha sentir.
_________
- English Version -
Ícaro Casa-Térrea — An Ode to a Rarer Way of Living
In Novo Ecoville, Curitiba, a rare architectural gesture returns depth to the idea of home. Ícaro Casa-Térrea does not present itself as a building, nor does it submit to the vocabulary of real estate; it arrives as landscape, as unhurried time, as breath. Between city and native woodland, on a generous site shaped by indigenous vegetation and a preserved forest, architecture does not impose itself: it dissolves into green, welcomes shade, invites light to draw the day. Here, suspended houses occupy full-floor plates as if floating among the treetops—expansive garden-terraces, reaching hundreds of square metres, extend life outward until interior and exterior cease to be opposites. What emerges is both simple and exceedingly rare: quiet, air, light, privacy. A sequence of essential elements orchestrated so the body rests and the mind expands. This is wellness real estate in its most authentic form—not as rhetoric, but as lived continuity.
The architecture by Greg Bousquet (Triptyque) sets the tone: free volumes, breathing façades, generous openings framing the woodland, proportions conceived not merely to please the eye, but to shelter the vital rhythm of those who live here. Bousquet’s work has already left its mark on Curitiba; at Ícaro Casa-Térrea he advances the idea of a house in the sky: each residence is an autonomous organism, with its own hall and arrival, where entering home is the discreet ritual of returning to a refuge. Concrete, stone and wood are not material fetishes—they are the matter of comfort: textures that invite touch, temperatures that never jar, colours that accept the slow passage of daylight. Everything is drawn to favour cross-ventilation, measured sunlight, open views and genuine privacy—the kind you feel when urban noise remains outside and life finally finds its proper volume of silence.
Within, Juliana Vasconcellos gives the architecture its welcome. There is no display; there is serenity. An earthy palette, natural surfaces and meticulous joinery compose a language that never performs for the resident, but accompanies them—lightly. Comfort arises not from adjectives, but from how spaces meet one another: well-calibrated ceiling heights, the effortless flow between living rooms, kitchens, verandas and gardens. The house belongs also to the light, which redraws relief over the course of the day for anyone attentive enough to watch. By dusk, Regina Bruni conducts the scene invisibly: light does not merely “illuminate”, it narrates—shaping atmospheres, revealing textures, tracing contours; preparing night so that rest is as dense as the forest’s shadow. And Vanda Klabin’s curatorial hand brings a further stratum of meaning: works that do not decorate, converse; art that does not simply occupy, but breathes with architecture and trees.
The landscape by Ricardo and Alessandra Cardim is not embellishment—it is reconstitution. Species native to the Atlantic Forest return as protagonists and cease to be urban accessories: trunks, flowers, scents and birdsong form a genuine biome that extends from garden-terraces to shaded walks, from the reflective lake to the heart of the site. To walk here is to realise a city can hold a fragment of forest; wind bending the canopy reminds you that time, in this place, keeps another cadence. This living drawing goes beyond botany—it aligns health with place: natural shade, a gentler microclimate, cleaner air. It is landscape as architecture of well-being.
Shared spaces follow the same grammar of care. The spa unfolds as ritual: halotherapy that steadies, dry and steam saunas that soften the body, a contrast pool that revives, quiet lounges turned to green that seem to suspend the clock. Water becomes two distinct experiences—an indoor heated pool, introspective and hushed; an outdoor heated pool, open to sun and the murmur of leaves. The gym and pilates studio are glass-lined and tranquil, so exercise is also contemplation; the energy of the body meets the landscape and effort becomes an act of care. None of this reads as decorative amenity: they are daily rites, concrete practices of longevity. When life asks for encounter, social rooms appear as extensions of the home, without posture—kitchens that speak with gardens, lounges that spill onto the terrace, furnishings that invite one to remain. There is no spectacle here—only belonging.
Sensory excellence is underwritten by technical clarity. Attention to thermal and daylight comfort, to air quality and acoustic performance, to resource efficiency and building operations was embedded from the outset. In this process, Petinelli acts as an environmental performance consultancy—studies and simulations informing decisions, ensuring coherence between the promise of well-being and the behaviour of space. The result is not a slogan; it is measurable: healthier airflow, appropriate insolation and shade, optimised consumption. Technology appears in service of life—and never the reverse.
Exclusivity here is not a posture; it is the scale required for everything to work. Few residences share the ground, and each maintains a personal relationship with the landscape: garden-terraces that may reach roughly 400 m², intimate paths, unique perspectives. The notion of the suspended house takes on its highest expression: an entire floor to call one’s own, with true privacy. Some describe Ícaro Casa-Térrea as “tree houses”; perhaps it is more precise to say they are houses with trees—not a matter of climbing into the forest, but of bringing it into daily life. For this reason, comparisons often drift abroad—not from vanity, but because the project converses with the finest work worldwide where architecture, nature and well-being are one.
To say Ícaro Casa-Térrea is singular in Curitiba is insufficient; to call it rare in Brazil still misses the measure. What has been established in Novo Ecoville is a paradigm: proof that it is possible to inhabit the city with another density, another quiet, another quality of time. Many promise comfort; here, comfort is the ordering principle. Many speak of opulence; here, the essential—moving air, falling light, enveloping green, a body at rest—outvalues any adjective. This is not an address one acquires to possess; it is a place one chooses to live.
And because words cannot reach what experience reveals, the final gesture must be an encounter—not a viewing. The in-person presentation of Ícaro Casa-Térrea is conducted with the same delicacy as the project itself: time to walk the suspended gardens, to feel the breeze on the terraces, to watch light alter the skin of materials, to recognise—within one’s own body—the calm the place produces. It is a rare, indelible moment, prepared almost as a rite, the kind that remains in memory and repositions how one thinks of home. If the world holds only a few places where life is lived like this, this is one of them. Come and feel it.
Endereço
Ecoville, Curitiba - PR
Detalhes
Andares: 8Apartamento por andar: 1Elevador social: 1Elevador de serviço: 1Ano de construção: 2029
Características
Área externa
- Academia
- Área verde
- Bicicletário
- Brinquedoteca
- Espaço gourmet
- Piscina
- Piscina aquecida
- Quintal
- Spa
- Sauna
- Salão de jogos
- Salão de festas
- Playground
- Quadra esportiva
Diferenciais
- Hall privativo
- Pet place
- Um por andar
Facilidades
- Acessibilidade
- Vaga carro elétrico
- Portaria 24hrs